Motivos são os efeitos da pandemia e os reajustes
no preço do diesel.
Os
muitos reajustes no preço do óleo diesel aliado à pandemia do novo coronavírus
estão deixando as empresas de transporte coletivo de Cataguases em uma situação
crítica. A afirmação é do proprietário da Viação Bonança, Oder Ferreira Filho,
que revela também outro agravante: o preço da tarifa não é reajustada desde
2019. Para resolver esta situação e evitar o encerramento das atividades das
empresas que prestam este serviço ao município, ele diz ser “urgente um
reajuste no preço da passagem.”
A
passagem de ônibus custa hoje em Cataguases R$ 2,70. Este valor entrou em vigor
em 2019. De lá pra cá, lembra Oder, o preço do combustível subiu diversas
vezes, “e somente este ano foi reajustado em mais de quarenta por cento, mas a
passagem de ônibus continua o mesmo valor de dois anos atrás”, conta. Esta
situação, ainda segundo ele, “está acabando com a saúde das empresas do setor
aliada à enorme redução de passageiros provocada pela pandemia. Precisamos de
um reajuste que contemple, pelo menos, nossos custos operacionais”, afirma.
De
acordo com aquele empresário, o público pagante hoje, “é trinta por cento do
que era antes da pandemia. Com isso o nosso faturamento também caiu na mesma
proporção. Além dos combustíveis – continua Oder – também subiram os preços dos
pneus, peças e demais acessórios”, enumera. Para voltar a equilibrar a situação
financeira das empresas de transporte coletivo do município, ele afirma que o
preço da passagem deveria ser reajustado para R$ 4,50. “Este é valor apontado
em nossa planilha de custos, mas estamos abertos a negociar este reajuste”,
disse.
Uma
proposta de negociação neste sentido foi feita à prefeitura que, no entanto,
determinou à Catrans uma avaliação sobre a situação das empresas do setor em
Cataguases. Uma das medidas já adotadas para minimizar os prejuízos, conforme
informou Rogério Werneck Athouguia, coordenador de Transportes da Catrans, foi
a redução do número de linhas em circulação, de 39 para 24 e o corte de
horários de menor movimento ao longo do dia. Outra, que também deverá ser
adotada novamente, de acordo com Rogério será acabar com a gratuidade de
usuários com 60 anos, mantendo apenas para os acima de 65 anos. “A gente não vê
espaço para aumento de preços, mas também estamos sensíveis à realidade do
setor e, por isso, buscamos soluções alternativas que amenizem a situação”,
comentou. (Fonte: Site do Marcelo Lopes).