A Câmara Municipal de Leopoldina aprovou por unanimidade, na reunião ordinária do dia18 de março de 2024, o Projeto de Resolução nº 09/2024, que “Concede o Título de Cidadão Honorário Leopoldinense ao Senhor João Luiz França Monerat, tendo em vista os excelentes serviços prestados”, de autoria do vereador José do Carmo Fófano Vieira (União Brasil). Na quinta-feira, dia 16 de maio de 2024, às 19:00 horas, ocorrerá a Sessão Solene no Plenário da Câmara Municipal de Leopoldina, o qual, João Luiz França Monerat receberá a maior e mais importante homenagem do Município, em nome de toda a população leopoldinense em reconhecimento aos excelentes serviços prestados.
SAIBA MAIS SOBRE JOÃO LUIZ FRANÇA MONERAT
João Luiz França Monnerat nasceu na cidade do Carmo, estado do Rio de Janeiro em 23 de junho de1946.
Filho caçula de Lourival Lemgruber Monnerat e Maria de Lurdes França Monnerat, Zizi, que teve um total de três filhos.
João Luiz passou a infância no Carmo e posteriormente mudou-se com a família para Além Paraíba, estado de Minas Gerais. Paralelamente aos estudos, trabalhava com o pai na propriedade rural da família, que ficava localizada na comunidade do Nossa Senhora do Socorro, entre Além Paraíba e Leopoldina. A mudança em definitivo para Leopoldina aconteceu quando sua família assumiu a distribuição regional da Pepsi Cola, na qual ele trabalhou.
Em Leopoldina, casou-se com Maria Aparecida, a Cidoca, e trabalhou como vendedor no loteamento que hoje inclui parte dos bairros Bela Vista e São Cristóvão, tendo posteriormente aberto um mercado varejista na rua Manoel Lobato, a conhecida rua da Grama.
Com o sogro, o "seu" Jarbas Retratista, aprendeu a fotografar para registrar o filho, Julio, então nascido - o casal teve mais dois filhos, Ana Paula e Patrick. O que era um mero hobby se tornaria a profissão que o tornaria conhecido na cidade e região como João Luiz Retratista.
Ainda quando residia no bairro Lino Gonçalves, João Luiz se especializou na fotografia de casamentos, na qual se destacou ao trazer para o mercado leopoldinense novidades tecnológicas da época, como o uso de fotocélula nos flashes, dentre outras inovações que tronavam seu trabalho diferenciado e reconhecido pela clientela crescente. Além disso, fotografava os bailes de debutantes, tão em voga na época, bem como criou o Concurso de Fotogenia Infantil que se tornou um dos pontos marcantes das exposições agropecuárias de Leopoldina. Certamente, muitas pessoas guardam ainda hoje, com especial carinho, seus álbuns de casamento, de debutante, de aniversário e também os pôsteres infantis desta época.
Transferindo sua moradia para a rua Manoel Lobato, abriu neste local sua loja de fotografia, a JL Vídeo e Fotos, onde ampliou o leque de serviços, incluindo o pioneirismo nas filmagens em película (super 8mm) e videocassete (VHS).
No ano de 1995, a loja JL Vídeo e Fotos transferiu-se para a praça Félix Martins, inaugurando, após elevados investimentos, o sistema de revelação de fotos em uma hora na cidade. O sucesso do empreendimento foi instantâneo, já que antes as pessoas tinham que aguardar um longo prazo para terem suas fotos reveladas. Tanto sucesso levou a abertura de uma filial, inicialmente na rua Cotegipe, mas logo transferida para a rua Presidente Carlos Luz.
Esse pioneirismo foi mantido nos anos seguintes, com a implantação da fotografia digital na cidade pela JL Vídeo e Fotos. Eram vastos os horizontes abertos pelo digital e João Luiz mantinha a postura de buscar os avanços tecnológicos sempre de forma inovadora.
Feito esse breve resumo de sua atuação profissional na fotografia, cabe ainda destacar outras de suas ações:
No decorrer da década de 1980, João Luiz aproveitava o tempo livre para se dedicar a outra de suas paixões, o futebol, atuando como treinador da categoria infantojuvenil. Treinou a equipe de futebol dessa categoria do EC Ribeiro Junqueira e, no Clube Leopoldina, foi treinador da equipe infanto-juvenil do futebol de salão. Organizou diversos campeonatos futebolísticossempre muito disputados por times de Leopoldina e da região. São inúmeros os jogadores por ele dirigidos nesse período que hoje são grandes amigos que, sempre que se encontram, têm boa memórias para compartilhar.
Uma outra paixão esportiva de João Luiz é o jogo de xadrez, que ele aprendeu ainda criança com o pai e os irmãos. Nos anos 1990, no entanto, João Luiz contribuiu de forma efetiva para que esse esporte ganhasse uma importante dimensão no município. Junto a outros aficionados pelo esporte, criou e dirigiu o Clube de Xadrez de Leopoldina, por meio do qual João Luiz representou a cidade diversas vezes no JIMI (Jogos do Interior Mineiro), tendo disputado várias etapas e conquistado diversas premiações.
Além dessas atividades, João Luiz teve grande envolvimento com a política social na cidade, em especial com os movimentos pastorais na diocese de Leopoldina. Participou ativamente da Pastoral de Cursilhos e logo se apaixonou pelas comunidades eclesiais de base (CEBs). Vinculando-se às pastorais sociais, fundou e presidiu o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da diocese de Leopoldina, entidade que se destacou na organização de grupos comunitários e na luta por moradia popular na cidade, o que inclui as regularizações de posse no bairro de Limoeiro e Tomé Nogueira, dentre muitas outras ações de organização popular pela defesa e promoção de direitos sociais.
Foi no contexto dessa militância popular que João Luiz viu a necessidade de maior capacitação, algo que o levou a ingressar no curso de Direito na Faculdade Vianna Júnior, em Juiz de Fora. Já formado, ele pôde melhorar sua atuação nos movimentos sociais, além de passar a exercer uma outra profissão, a advocacia. Ou seja, o compromisso social ganhava agora uma dimensão mais capacitada por meio do exercício da advocacia popular.
Em 2009, João Luiz mudou-se para a cidade de Comendador Levy Gasparian, no estado do Rio de Janeiro. Lá, casou-se com Regina e onde continua com o exercício da advocacia, além da manter o cérebro ativo nas disputas de xadrez das quais participa por meio do Clube de Xadrez de Três Rios.
Em todo esse tempo, a família cresceu. Além dos três filhos, vieram seis netos: Marina, Rômulo, Alice, Cecília, Clarice e Ana Clara. E hoje em dia, nas suas permanentes vindas a Leopoldina, João Luiz curte o crescimento dos bisnetos: Estela, Rômulo e Henrique.
Apesar de gostar um bocado da cidade de Levy, João Luiz não esconde que sua cidade do coração é mesmo Leopoldina. Prova disso é o quanto ele gosta de dar uma voltinha na feirinha de sábado na Félix Martins. É lá que ele reencontra os amigos e coloca o papo em dia. Enfim, em suas constantes vindas a Leopoldina, João Luiz reforça seu vínculo com a cidade, com os inúmeros amigos e com a família que o recebe sempre com o merecido carinho.