Introdução
Rodrigo Junqueira Reis Pimentel, exerceu o cargo de vereador, no mandato 2013-2016. Nas eleições municipais de 2016, foi candidato a vice-prefeito, na chapa encabeçada pelo então candidato a prefeito, Brênio Coli. Advogado, professor e diretor geral das faculdades Doctum Leopoldina, Rodrigo Pimentel, concedeu esta entrevista recentemente ao “Programa Haroldo em Notícias”, levado ao ar pela Rádio Jornal AM de Leopoldina.
Haroldo Crespo - Nas eleições municipais de 2016, o senhor foi candidato a vice-prefeito, na chapa do Brenio Coli. E o senhor tem caminhado com o Ricardo PAF PAX, do PSB. Como está a sua situação política com o Brenio Coli ?
Rodrigo Pimentel – Há quatro anos atrás, nós tínhamos naquela ocasião o candidato à reeleição, Dr. José Roberto e o Brenio Coli que se colocou como pré-candidato e até então, eu apoiava a pré-candidatura a prefeito, do saudoso tio Marcinho Pimentel, sendo que eu era filiado ao PP – Partido Progressista, meu pai, o Marcos Pimentel, Pachá, era o Presidente da sigla e tínhamos um grupo, com o PDT, o PHS, o PTB e esse grupo caminhou até quase um mês antes da realização das convenções no mês de Julho daquele ano. E por circunstâncias, até mesmo acredito em razão de uma pesquisa eleitoral ter colocado o Marcinho Pimentel um pouco mais abaixo em índice de votos, ele retirou a sua pré-candidatura a prefeito. Até então, não havia candidaturas, as convenções seriam realizadas somente no dia 5 de agosto de 2016 e naturalmente começou aquela movimentação. Eu recebi um convite do Brenio Coli e até então as chapas, o que de fato se confirmou e polarizou a campanha de 2016, que tinha duas hipóteses: quem queria manter o Prefeito Dr. José Roberto, ou seja, a continuidade da política implantada e quem não queriam mantê-lo, que queria mudanças e neste sentido eu aceitei este desafio, pois eu desejava a mudança.E me lembro que na época, muitas pessoas me diziam e me questionavam: Rodrigo, porquê você aceitou ser candidato a vice-prefeito, sendo que você provavelmente teria uma reeleição garantida como vereador. Mas na época, eu pensei: Ninguém tem bola de cristal e ninguém sabe qual será o resultado e qualquer desafio e em qualquer disputa, você tem a possibilidade de ganhar ou perder, faz parte do jogo político e por muito pouco, infelizmente nós não obtivemos a vitória nas urnas, pode-se dizer por causa de 143 votos, pois a diferença foi de 285 votos, se não me engano. Naquela ocasião, quando o Marcinho Pimentel recuou com a sua candidatura a prefeito, nós ficamos sem saber qual rumo iríamos tomar e veio este convite do Brenio Coli, para eu ser o candidato a vice-prefeito na sua chapa, sendo que o PTB e o PDT também compuseram a coligação e o PHS optou em compor com o então candidato à reeleição, Dr. José Roberto, tendo o Marcinho Pimentel como candidato a vice-prefeito. Então, a conjuntura, as circunstâncias naquele momento reuniram uma série de partidos e em minha opinião tivemos muito êxito, ficamos muito fortes, disputando contra o grupo do prefeito José Roberto que era um grupo muito forte naquela época, pois ele vinha fazendo um mandato que até então poderia ter críticas, mas também elogios, tanto é que a maioria da população achou que ele deveria ser mantido no cargo de prefeito. Eu não concordava e não concordo, mas respeito muito a opinião de todos, pois isso é democracia. E de lá para cá, nesse meio tempo ocorreu um afastamento natural da política por eu não ter mandato e continuei trabalhando no meu escritório de advocacia e dando aulas na Faculdade Doctum de Leopoldina e com isso passei a focar mais no meu escritório e dando as minhas aulas na Doctum, onde leciono desde o ano de 2011. E assumi a direção geral no dia 09 de maio de 2019. E nesse meio tempo, voltando para a questão eleitoral atualmente nós temos um cenário, incluindo praticamente todos os partidos que participaram das últimas eleições municipais, sendo que ocorreu uma reforma eleitoral e este ano não pode ter a coligação proporcional, ou seja, para vereadores e automaticamente isso forçou também essa redução de partidos, pois para as próximas eleições os partidos terão que lançar 23 candidatos a vereador e na minha opinião isso é muito bom porquê vai fortalecer as siglas partidárias. Nesse momento, eu estou colocando o meu nome à disposição como pré-candidato a prefeito de Leopoldina pelo PV – Partido Verde e nós do PV, estamos conversando com todos. No ano passado, o PV, o PSB, o PTB e o PDT, sendo que o PDT está atualmente um pouco mais afastado, nos procuraram, conversamos, trocamos idéias, fizemos reuniões e nós chegamos à conclusão que temos as mesmas idéias, então vamos caminhar conjuntamente. Agora, não tem nada assim, o Rodrigo Pimentel está com o Brenio Coli, o Rodrigo Pimentel está rompido com o Brenio Coli, não existe nada disso, nós vamos conversar normalmente. Agora, eu acho natural, até pelo fato do Brenio Coli ter sido candidato a prefeito em 2016,e por ter perdido uma eleição por muitos poucos votos, é natural na minha opinião que ele seja atualmente pré-candidato a prefeito, como temos diversos pré-candidatos de diversos partidos que compuseram a coligação que apoiou o Brenio Coli, como por exemplo o PT, com a Cláudia Conte, o PC do B, com o Godelo, o PV comigo e outros. A meu ver a política tem que ser feita com conversas, com diálogo, não com fofocas e brigas e sim com respeito, cordialidade, lealdade e boa fé.
Haroldo Crespo – Tudo indica que o Ricardo Paf-Pax, do PSB, virá como candidato a prefeito. Vocês estão conversando, caminhando juntos. Como você analisa esta situação?
Rodrigo Pimentel – Falo por mim, eu não posso falar nem pelo PV, que é o meu partido e nem pelo Ricardo Paf-Pax. O que eu defendo e falo é que temos que ter a maior união possível em uma democracia e isto é salutar. É normal que haja divergências, pois se não houver, não é democracia, é ditadura. Sou democrático e o que tenho comentado e isso servem para todos os pré-candidatos, é que temos que conversar, vamos trocar idéias, temos que tentar encontrar os pontos comuns para pensarmos em uma administração diferente para Leopoldina, uma mudança no modo de administrar. Estamos há praticamente 30 anos com o mesmo modelo de política, são sempre as mesmas lideranças, os mesmos nomes, a mesma forma de fazer política e de administrar. Enquanto a gente não mudar e sabemos que mudar às vezes dá trabalho, meche com interesses de um ou de outro e para fazermos alguma coisa diferente temos que ousar, tem que ter coragem para ter a mudança. Para colhermos coisas boas, temos que plantar coisas boas, agora, tem que plantar com ética, com inteligência e respeito. Quem passou, passou, já deu a sua parcela de contribuição. Não estou na política para fazer qualquer tipo de caça às bruxas, para ficar olhando no retrovisor. Então, as pessoas e os partidos que comungam desta opinião eu estarei caminhando em conjunto.
Haroldo Crespo – Você pretende mesmo ser candidato a prefeito, em qualquer situação?
Rodrigo Pimentel - Às vezes as pessoas me perguntam: Rodrigo, você faz questão de ser candidato a prefeito? Eu respondo que não. Estou colocando o meu nome como pré-candidato a prefeito de Leopoldina e se um grupo de dois, três, quatro, cinco ou dez partidos entender que o meu nome é o que possa estar liderando esse projeto, ótimo, será uma missão. Sei que ser prefeito de Leopoldina não é fácil, tem que ter renúncia pessoal também. Quem está na política tem que gostar e eu gosto muito, é satisfatório fazer o bem social. Mas vamos conversar, dialogar, eu estou na política para somar, para ajudar e se o grupo achar que o meu nome é o melhor, estou à disposição para ser candidato a prefeito de Leopoldina, com muita honra e responsabilidade.