sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Corpo de padre é encontrado carbonizado em Manhumirim e autor é preso

 O suspeito preso confessou a autoria e o motivo. Crime chocou a região.

O corpo do padre Adriano da Silva Barros, de 36 anos, foi encontrado carbonizado na tarde desta quarta-feira, 14 de outubro, por um morador na zona rural de Manhumirim (MG), a 195 km de Cataguases. Ele estava sendo procurado desde o final da tarde de terça-feira, 13.

De acordo com a Polícia Militar, o vigário da Paróquia São Simão, em Simonésia/MG (205 km de Cataguases), foi visto pela última vez no Centro de Reduto/MG (198 km de Cataguases) onde se deslocou em seu veículo Chevrolet/Onix, branco, com placas de Simonésia, onde deixou sua irmã e seguiu viagem. A partir daí ele não fez mais contato, nem respondia às mensagens deixadas no celular.

Nesta quarta-feira foi iniciada uma campanha em busca do padre, que foi localizado sem vida. Equipes da PM e da Polícia Civil foram até o local. A perícia confirmou ainda ferimentos provocados provavelmente por facas. Irmãos do Padre Adriano também estiveram presentes e reconheceram o corpo. Dois suspeitos foram localizados. Eles foram vistos por testemunhas próximo ao local onde o corpo foi encontrado.

A descoberta do autor confesso do crime deu-se ainda no período em que o padre era procurado. A informação é do tenente Walker, da Polícia Militar de Manhumirim. O oficial explica que, a partir de informações de populares, segundo as quais o veículo foi visto parado próximo a uma trilha, que dá acesso a uma cachoeira, onde o corpo estava, uma equipe da Polícia Militar de Manhumirim abordou duas pessoas que foram vistas próximas ao local, um adulto de 22 anos e um adolescente, de 16.

No dia anterior, um militar de serviço viu o suspeito maior de idade entrando no carro da vítima. Ao ser preso, confessou a autoria do crime. Alegou que tinha um relacionamento com o padre e os dois se desentenderam porque não teriam chegado a um acordo acerca de dinheiro sobre um valor que estavam combinando. Assim, desferiu várias facadas no padre. “Matou a vítima no meio do mato e depois colocou fogo no corpo, usando gasolina para isso”, detalhou tenente Walker. O assassino confirmou que a morte foi na terça-feira (13), mas no dia seguinte voltou ao local com um galão de gasolina e queimou o corpo para dificultar sua identificação.

A respeito do carro do padre, a polícia informou que um parente do autor confesso ficou sabendo do crime e levou o Chevrolet Onix, para o estado do Rio de Janeiro, como forma de se livrar da prova do crime. Por isso o carro foi visto trafegando nas proximidades de Teresópolis, na região Serrana do Rio. O veículo ainda é procurado e a participação da outra pessoa também é investigada.

Fonte e fotos: Diário do Aço e Rádio Muriaé. (Fonte: Site do Marcelo Lopes).

CATAGUASES: Ministério Público Eleitoral pede cancelamento do registro dos candidatos a vereador do PSDB

 Para Gustavo Garcia Araújo houve fraude no registro de uma candidata.

O Ministério Público Eleitoral da Comarca de Cataguases, pediu à justiça Eleitoral o cancelamento do registro de todos os candidatos a vereador pelo PSDB de Cataguases. O motivo é o registro da candidatura de Iracema Dornelas sem o consentimento dela, o que caracterizaria, para o promotor eleitoral, Gustavo Garcia Araújo, crime de falsidade eleitoral. Ele também acionou a Polícia Civil para investigar o caso uma vez que o Partido não tinha sete candidatas mulheres ao Legislativo e teria falsificado uma.

Nesta quinta-feira, 15 de outubro, Iracema Dornelas, que estava registrada como candidata a vereadora pelo PSDB de Cataguases, prestou depoimento ao promotor eleitoral, Gustavo Araújo, quando afirmou ter sido surpreendida ao saber que era candidata a vereadora. Ela, em seguida, foi até ao Cartório Eleitoral e assinou sua renúncia. Conforme revelou, não se interessa mais por política e não seria candidata também por motivos de saúde. Ela também informou não ter participado da convenção partidária  e que recusou o convite para ser candidata.

Segundo declarou, “há cerca de trinta dias”, recebeu na porta de sua casa duas pessoas enviadas pelo prefeito Willian que lhe disseram que seria candidata a vereadora e, para isso, precisava apenas comparecer à convenção partidária que aconteceria no Bairro Taquara Preta. Mesmo não tendo participado daquele evento, disse ter sido procurada outras vezes por enviados do prefeito que tentaram convencê-la a se candidatar. Em uma delas, contou, um desses emissários teria lhe dito: “você não vai ser candidata, não. É apenas para ajudar ao Willian”, alegando que estava “faltando mulheres” e que depois, se ela quisesse desistir eles colocariam outra pessoa em seu lugar. Por fim, concluiu Iracema, no último dia 12, sua cunhada a visitou e lhe perguntou porque não estava fazendo campanha. Surpresa, respondeu dizendo que não era candidata a nada. Neste momento sua cunhada mostrou-lhe sua foto no aparelho celular com o seu número de candidata. Em uma dessas visitas tiraram foto dela, sem sua permissão, acrescentou Iracema.

Para Gustavo Araújo “o presente caso foi um caso típico de fraude eleitoral à cota de gênero, pois a candidata Iracema Dornelas em momento algum quis ser candidata. Seus documentos e sua foto foram “arrancados quase a força” segundo suas declarações”, informou aquele promotor em sua manifestação ao juiz eleitoral da Comarca, Felipe Cancela Júnior. De acordo com o promotor a candidata foi “usada de forma ardil, com uma candidatura fictícia” (…) “com fincas a fraudar a lei eleitoral e a transparência do processo eleitoral”, afirmou. Em seguida, Gustavo pede ao juízo que reveja a decisão que deferiu as candidaturas de todos os vereadores do PSDB e que a Polícia Civil apure crimes de falsidade ideológica eleitoral. O juiz eleitoral abriu prazo para o Partido se manifestar. (Fonte: Site do Marcelo Lopes).

Dr. Gustavo Araújo, Promotor Eleitoral de Cataguases.