quinta-feira, 13 de abril de 2023

Provedor da Casa de Caridade de Viçosa é afastado do cargo.

                                    HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO DE VIÇOSA-MG.

 Medida é uma vitória do Ministério Público e tem efeito “cautelar”.

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Viçosa, obteve na Justiça, dia 11 de abril, uma decisão liminar que determina o imediato afastamento cautelar do provedor da Casa de Caridade de Viçosa. O MPMG havia proposto, no último dia 30 de março, uma Ação Civil Pública (ACP) requerendo o afastamento do provedor, entre outras providências, por omissão deliberada com relação a irregularidades na prática de plantões simultâneos e superiores à 24h levados a efeito por médicos que prestam serviços à entidade.

Na decisão, além do afastamento cautelar do provedor, a Justiça determinou o prazo de 60 dias para que a Casa de Caridade adote as medidas administrativas e judiciais cabíveis para calcular e ressarcir os valores pagos por plantões, na pediatria, aos médicos plantonistas quando esses também estavam em plantão simultâneo na UTI Neonatal.

Além disso, a Casa de Caridade deverá abster-se de permitir a prática de plantões simultâneos no Hospital São Sebastião e também a vetar a realização de plantão superior a 24h consecutivas no referido hospital.

Conforme o MPMG, foi instaurado um Procedimento Administrativo (Acompanhamento de Instituições) n.º MPMG-0713.20.000268-9 para fiscalizar de forma continuada as práticas relativas à gestão dos plantões nos setores de Pediatria e de UTI Neonatal na Casa de Caridade de Viçosa (Hospital São Sebastião).

De acordo com as investigações, “foi possível concluir pela existência de situação de risco à higidez patrimonial e estatutária da Casa de Caridade de Viçosa, tendo em vista que o provedor não só permitiu e pagou pela realização de plantões simultâneos nos setores de UTI Neonatal e da Pediatria do Hospital São Sebastião, mas também se recusou a adotar medidas para ressarcir os cofres da entidade sob a malfadada alegação de que o serviço foi efetivamente realizado”, destaca o promotor de Justiça Luís Cláudio Fonseca Magalhães, na ACP.

Segundo o MPMG, “ao pagar o mesmo profissional por dois plantões simultâneos é praticado um verdadeiro ataque aos postulados de probidade, tendo em vista que ninguém consegue ser responsável em dois setores com pacientes especialmente sensíveis (UTI Neonatal e Pediatria) ao mesmo tempo”, destaca a 1ª Promotoria de Justiça de Viçosa.

Ainda conforme a ACP, “uma vez que a instituição se propõe a ofertar serviços médicos especializados é imperativo que o faça observando os requisitos para o exercício profissional ético e qualificado”, afirma o MPMG.

O promotor de Justiça destaca que “não custa reiterar o caráter filantrópico da Casa de Caridade de Viçosa, mantenedora do Hospital São Sebastião, é notório. Trata-se de entidade possuidora do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde (Cebas) e que presta relevantes serviços na área de saúde na microrregião de Viçosa”, ressalta Luís Cláudio.

Ainda segundo o promotor de Justiça, “não é possível perder de vista que o Hospital São Sebastião presta atividades típicas da administração pública através de contratos e convênios firmados com a Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa para atendimento de pacientes do SUS e recebe, para tanto, recursos públicos para o desempenho de suas funções”, destaca o promotor de Justiça. (Fonte: Site do Marcelo Lopes).

Justiça condena médico que cobrava por consultas e partos pelo SUS em Ubá.

Ele foi condenado por seis cobranças indevidas de gestantes.

                                         HOSPITAL SANTA ISABEL DE UBÁ-MG.

A Justiça condenou a cinco anos de prisão, em regime semiaberto, um médico que cobrava por consultas e partos de pacientes do SUS no Hospital Santa Isabel, em Ubá.

O profissional também foi condenado por seis cobranças indevidas de gestantes para agendamento de partos na mesma unidade de saúde. Ele foi demitido.

Segundo o Ministério Público, em junho de 2019, o médico chegou a ser preso durante a Operação Sala Vermelha, que apurou as denúncias.

Esquema ilícito

Na primeira denúncia, o MP provou a criação do esquema montado pelo médico dentro do Pronto Atendimento. De acordo com a investigação, os pacientes que se dispusessem a pagar consultas eram atendidos diretamente e prioritariamente, sem necessidade de classificação de risco, que define o tempo de espera de acordo com a maior ou menor gravidade do caso. (Fonte: Site do Marcelo Lopes).