quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

OPERAÇÃO ONIPRESENÇA INVESTIGA POSSÍVEL EXISTÊNCIA DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA COMPOSTA POR PROFISSIONAIS DO HOSPITAL CASA DE CARIDADE LEOPOLDINENSE.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional da Zona da Mata – unidade de Visconde do Rio Branco, em conjunto com a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e com a Promotoria da Saúde de Leopoldina, deflagrou, na manhã de hoje, 12 de dezembro, a operação Onipresença. O objetivo da operação é apurar a possível existência de uma associação criminosa composta por profissionais integrantes do corpo clínico e da administração do hospital Casa de Caridade Leopoldinense, causadora de graves riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos na entidade hospitalar, conveniada ao SUS. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária, seis mandados de afastamento das funções e 20 mandados de busca e apreensão, em dois hospitais da e uma clínica de anestesiologia nas cidades de Leopoldina e Além Paraíba. As investigações tiveram início para apurar a realização de plantões simultâneos em locais e hospitais distintos, a realização de cirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas, pelos profissionais médicos investigados. A distância entre a Casa de Caridade Leopoldinense, localizada em Leopoldina, e o Hospital São Salvador, situado em Além Paraíba, é de 55 quilômetros. Com a evolução das apurações, foram constatadas a prática de delitos ainda mais graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos. Inclusive, cirurgias e anestesias eletivas da rede suplementar foram realizadas pelos médicos investigados, durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência – Rede Resposta de Urgência e Emergência. Com as investigações, descobriram-se fortes indícios do vínculo subjetivo entre os profissionais médicos investigados para a prática de crimes de peculato (art. 312 do CP), bem como para conservarem um esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica (art. 299 CP), infringindo, por conseguinte, o tipo penal de expor a perigo a vida ou a saúde de outrem (art. 132 CP), dentro do contexto da infração penal de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal). Combinações de versões, falsidades documentais médicas, manipulação de documentos importantes e até mesmo imputação de responsabilidades a pessoas aparentemente inocentes, foram algumas das condutas levadas a efeito pelos investigados. As apurações revelaram ainda práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias. A operação conta com a participação de promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis. (Fonte: Site do Ministério Público do Estado de Minas Gerais).


NOTA OFICIAL DA PREFEITURA DE LEOPOLDINA.


A Prefeitura de Leopoldina informa à população que, em razão da operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), destinada a apurar possíveis irregularidades  na Casa de Caridade Leopoldinense, tomou medidas imediatas para garantir que a assistência à saúde no município não seja comprometida.

Foi criado um Comitê de Gestão de Crise, com o objetivo de acompanhar de perto a situação e adotar as providências necessárias para assegurar a continuidade do atendimento à população.

Reiteramos o compromisso da administração municipal em colaborar para que o Pronto-Socorro mantenha o pleno funcionamento, garantindo o acesso da população aos serviços de urgência e emergência. Além disso, a Prefeitura está somando esforços para a continuidade dos serviços oferecidos pela Casa de Caridade Leopoldinense.

LEOPOLDINA: Profissionais de saúde são investigados por esquema criminoso e manipulação de escalas médicas.

Operação 'Onipresença' foi realizada nesta quinta-feira (12) em Leopoldina e Além Paraíba e cumpriu 30 mandados. Investigações revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.

Profissionais de saúde foram alvos de uma operação realizada nesta quinta-feira (12), que investiga a possível existência de uma associação criminosa que causa graves riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos no Hospital Casa de Caridade Leopoldinense, conveniado ao SUS.

A ação, chamada de 'Onipresença', cumpriu 30 mandados em Leopoldina e Além Paraíba, sendo 4 de prisão temporária, 6 de afastamento de funções e 20 de busca e apreensão, incluindo em dois hospitais da região e em uma clínica de anestesiologia.

Os mandados de prisão foram cumpridos contra quatro médicos anestesistas da Casa de Caridade Leopoldinense. Eles foram levados para o presídio de Leopoldina.

A provedora da instituição, Vera Maria do Valle Pires, e a diretora técnica, Dra. Donata, foram afastadas do cargo. Em nota, a equipe jurídica do hospital informou que o departamento jurídico está tomando todas as providências necessárias, "incluindo o pedido de vistas aos autos do processo e dos inquéritos investigativos, visando compreender plenamente os fatos e colaborar com a Justiça".

O g1 também entrou em contato com o Hospital São Salvador, em Além Paraíba, citados pelo MPMG, e aguarda retorno.

                           Plantões simultâneos e cirurgias no mesmo dia.

As investigações foram iniciadas para apurar a execução de plantões simultâneos em locais e hospitais distintos, cirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas por parte dos profissionais médicos investigados.

Com a evolução das apurações, foram constatadas a prática de delitos ainda mais graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos, segundo o MPMG, como:

  • Cirurgias e anestesias eletivas foram realizadas pelos profissionais durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência;
  • Esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica;
  • Combinações de versões, falsidades documentais médicas e manipulação de documentos importantes.

Ainda conforme o MPMG, as investigações também revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.

A operação desta terça-feira conta com a participação de Promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis.

Nota na íntegra - Casa de Caridade Leopoldinense

"Recebemos com surpresa e tristeza a notícia do afastamento de nossa provedora, Vera Maria do Valle Pires, e da diretora técnica, Dra. Donata. Segundo informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os afastamentos foram determinados para preservar ambas durante o curso das investigações. No momento, a provedoria será assumida pelo Sr. Antônio de Souza Filho, atual secretário da instituição. Reforçamos que nosso departamento jurídico está tomando todas as providências necessárias, incluindo o pedido de vistas aos autos do processo e dos inquéritos investigativos, visando compreender plenamente os fatos e colaborar com a Justiça. A Casa de Caridade Leopoldinense reafirma seu compromisso com a transparência, com o esclarecimento dos fatos e com a plena colaboração junto ao MPMG e à Justiça. Nossa prioridade é manter o funcionamento normal do hospital, assegurando o atendimento à população de Leopoldina e região, cumprindo com a missão de oferecer serviços de saúde de qualidade. Reiteramos nossa confiança nas instituições democráticas e no devido processo legal, e aguardamos que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Pedimos à comunidade que nos acompanhe com serenidade neste momento desafiador, certos de que continuaremos trabalhando incansavelmente pelo bem-estar de todos os que confiam e necessitam de nosso trabalho". (Fonte: G1zonadamata)

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA CASA DE CARIDADE LEOPOLDINENSE.


MÉDICOS DE LEOPOLDINA SÃO PRESOS EM OPERAÇÃO DO GAECO.


Operação Onipresença, desencadeada pelo Gaeco, pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e pela Promotoria da Saúde de Leopoldina, investiga a possível existência de uma associação criminosa composta por profissionais integrantes do Corpo Clínico e da administração do hospital Casa de Caridade Leopoldinense, causadoras de graves riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos na entidade hospitalar, conveniada ao SUS.
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio do GAECO, em conjunto com a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e com a Promotoria da Saúde de Leopoldina, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Onipresença.
Estão sendo cumpridos aproximadamente 30 mandados, dentre eles mandados de busca e apreensão, de afastamento de cargos e de prisão nos Municípios de Leopoldina e Além Paraíba/MG.
As investigações se iniciaram para apurar a realização de plantões simultâneos em locais e hospitais distintos, a realização de cirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas, pelos profissionais médicos investigados.
Com a evolução das apurações, foram constatadas a prática de delitos ainda mais graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos. Inclusive, cirurgias e eletivas da rede suplementar foram realizadas pelos médicos investigados, durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência – Rede Resposta de Urgência e Emergência.
Com as investigações, descobriram-se fortes indícios do vínculo subjetivo entre os profissionais médicos investigados para a prática de crimes de peculato (art. 312 do CP), bem como para conservarem um esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica (art. 299 CP), infringindo, por conseguinte, o tipo penal de expor a perigo a vida ou a saúde de outrem (art. 132 CP), dentro do contexto da infração penal de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal).
Combinações de versões, falsidades documentais médicas, manipulação de documentos importantes e até mesmo imputação de responsabilidades a pessoas aparentemente inocentes, foram algumas das condutas levadas a efeito pelos investigados.
Ademais, as apurações revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.
Estão sendo cumpridos 4 mandados de prisão temporária, 6 mandados de afastamento das funções e 20 mandados de busca e apreensão, incluindo 2 hospitais da região e uma Clínica de Anestesiologia.
As diligências estão em andamento e mais detalhes serão dados no decorrer do dia de hoje.
A operação desta quinta-feira conta com a participação de Promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis. (Fonte: interligadonline.com)