terça-feira, 13 de setembro de 2022

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTIU MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO EM LEOPOLDINA.

De forma transparente e participativa, a audiência pública discutiu as deficiências do trânsito e os impactos que a municipalização vai provocar em Leopoldina. 
 

Com o objetivo de democratizar a discussão sobre a municipalização do trânsito em Leopoldina, a Câmara Municipal promoveu uma Audiência Pública para debater e ouvir sugestões sobre o Projeto de Lei nº 66/2022, de autoria do Poder Executivo, que trata da municipalização de trânsito, criação da Superintendência de Trânsito, do Fundo Municipal de Trânsito e da Junta Administrativa de Recursos e Infrações (JARI) de Leopoldina.

A audiência aconteceu na tarde desta quinta-feira, dia 01 de setembro, no plenário da Câmara, sob a presidência do vereador José Augusto Cabral. Estiveram presentes os vereadores Bernardo Guedes, Rodrigo Pimentel, ambos membros da Comissão de Constituição, Legislação e Redação, que solicitou a realização da audiência, José do Carmo Fófano, Maria Inês Xavier, Gilmar Pimentel, Vinícius Queijinho, Edvaldo Franquido Donato do Vale e Julius Cesar.

Representando o Poder Executivo compareceram Dr. Danilo de Azevedo Silva, Procurador Geral do Município, Cláudio Réche Iennaco, Assessor Jurídico, e Yago Xavier, Chefe do Departamento de Trânsito. A Polícia Militar esteve representada pelo Tenente Coronel Yoshio Luiz Yamaguchi, Comandante do 68º Batalhão de Polícia Militar de Leopoldina.

Inicialmente, o vereador Bernardo Guedes explicou que o objetivo da audiência é, de maneira transparente,  buscar uma melhor qualidade do trânsito. Ele salientou ser importante ouvir sugestões do que pode ser aperfeiçoado no projeto, como instalação de placas, definição de mão dupla de direção e adoção da faixa azul.

Rodrigo Pimentel destacou um ponto do projeto que é o gerenciamento das linhas de transporte urbano que, atualmente, é de responsabilidade da empresa prestadora do serviço. O vereador considerou importante debater a municipalização do trânsito que há anos vem sendo pretendida e agora está sendo efetivada pelo atual governo. Segundo ele, a intenção é dar publicidade ao processo e oportunidade de participação popular para evitar futuras reclamações e acrescentou que, há 50 anos, o trânsito não representava um desafio, e hoje se tornou essa discussão indispensável.

José Augusto Cabral discorreu sobre a importância do estacionamento rotativo e lembrou que a Câmara Municipal tem agido de forma firme na cobrança dessa demanda. Ele informou que o Legislativo já aprovou matéria nesse sentido e citou que várias cidades da região adotaram o estacionamento rotativo. O vereador cumprimentou o Poder Executivo pela iniciativa de enviar o projeto de lei, dando início à implantação do processo de municipalização do trânsito. Na opinião do presidente da Câmara, a audiência pública é histórica, pois representa a realização de um sonho.

Em seguida, foi dada a oportunidade para que os representantes do Poder Executivo manifestassem a respeito do projeto. Inicialmente, Dr. Danilo de Azevedo Silva explicou que o projeto foi elaborado depois de muitos estudos e discorreu sobre o que é a municipalização do trânsito.

Dr. Cláudio Réche Iennaco informou que a municipalização do trânsito faz parte de um processo mais amplo, que envolve também a reformulação do Plano Diretor. Segundo ele, o objetivo é tornar o município mais preparado para administrar o trânsito, evitando os transtornos que são registrados atualmente em Leopoldina.  

O Comandante do 68º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Yoshio Luiz Yamaguchi comentou que o trânsito desorganizado favorece o aumento da criminalidade. Ele opinou que a municipalização vai ajudar a suprir a deficiência em relação às placas e defendeu a implantação do estacionamento rotativo.

O 1º Secretário da Mesa Diretora do Legislativo, Gilmar Pimentel falou sobre a visita feita ao CATRANS em Cataguases. Ele acredita que a criação de uma superintendência com apenas dois funcionários não dará conta de toda a demanda.

Edvaldo Franquido Donato do Vale elogiou o serviço de instalação de placas em diversos pontos do município, inclusive na área rural. Ele demonstrou preocupação com os ciclistas que trafegam nas calçadas, no interior das praças e na contramão, colocando em risco a integridade dos pedestres, principalmente idosos. Essa manifestação recebeu apoio da vereadora Maria Inês Xavier de Oliveira.

Julius Cesar disse que a elaboração desse projeto ocorreu em boa hora, mas confirmou que ficou incomodado com a ausência de alguns segmentos nesta audiência pública, tais como mototaxistas e motoristas de aplicativo. Ele sugeriu a criação da Secretaria Municipal de Trânsito para evitar uma sobrecarga na Secretaria de Obras.

Em seguida, Vinícius Queijinho elogiou algumas ações já implementadas no trânsito da cidade, principalmente a sinalização nas ruas e na zona rural.

Em seguida, o projeto continuou a ser discutido e foi disponibilizada a oportunidade de o público se manifestar na audiência. Ao final, o Sr. Presidente José Augusto Cabral considerou muito positiva a audiência, pois a discussão e a apresentação de soluções para os problemas do trânsito de Leopoldina são também formas de contribuir para o desenvolvimento do município. Ele anunciou que a discussão e análise do Projeto de Lei nº 66/2022 continuarão no ambiente legislativo. (Fonte: Site da Câmara Municipal de Leopoldina-MG).

LEGISLATIVO APROVA PEDIDO PARA COLOCAÇÃO DE LIXEIRAS NA RUA COTEGIPE.

Gilmar Pimentel argumentou que a colocação das lixeiras contribuirá para a conservação do meio ambiente e manutenção da limpeza na principal rua comercial da cidade. 
 

Quem caminha pela rua Cotegipe, na região central de Leopoldina, encontra dificuldades para descartar o lixo em locais apropriados, em virtude da inexistência ou do número reduzido de lixeiras.

Neste sentido, a Câmara Municipal de Leopoldina aprovou uma proposição sugerindo ao Poder Executivo a colocação de lixeiras em toda a extensão da rua Cotegipe. A indicação nº 344/2022 foi apresentada pelo vereador Gilmar Pimentel (PODEMOS), durante a sessão ordinária realizada no dia 05 de setembro de 2022.

Ao justificar sua iniciativa, o parlamentar informou que se tratava de uma reivindicação que foi feita pelos comerciantes e moradores da citada via pública. Gilmar Pimentel salientou que a colocação de lixeiras na parte central da cidade contribuirá para a conservação do meio ambiente e para a manutenção da limpeza da rua, proporcionando um bom aspecto visual do Município.

O vereador acrescentou que a falta de lixeira na principal rua comercial de Leopoldina faz com que a população coloque o lixo nas calçadas, prejudicando a limpeza da cidade. Ele defendeu que a colocação das lixeiras poderá servir de incentivo à educação ambiental da população.

Após as discussões regimentais, a Indicação nº 344/2022 foi aprovada por unanimidade e recebeu assinatura de apoio dos vereadores José do Carmo Fófano Vieira e José Augusto Cabral.(Fonte: Site da Câmara Municipal de Leopoldina-MG).

CÂMARA APROVA SOLICITAÇÃO DE MELHORIAS NA MINA DA ESTABOQUINHAS.

Edvaldo Franquido solicitou a colocação de ajulejos e de cerâmica nas paredes e piso da Mina da Estaboquinhas, em atendimento à reivindicação dos usuários da referida mina. 
 

Água potável é um recurso finito e diversas campanhas de conscientização buscam orientar a população a preservar fontes desse recurso, consideradas essenciais para manter um abastecimento de água no município com quantidade e qualidade.

Durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Leopoldina, realizada no dia 16 de agosto de 2022, foi aprovada uma proposição solicitando que seja feita uma revitalização da Mina da Vila Esteves, conhecida popularmente como Mina da Estaboquinhas.

O vereador Edvaldo Franquido Donato do Vale (PT) foi o autor da Indicação nº 328/2022 que solicitou ao Poder Executivo a colocação de ajulejos e de cerâmica nas paredes e piso do local. Segundo ele, trata-se de uma reivindicação dos usuários da referida mina.

Ao justificar sua iniciativa, Edvaldo Franquido salientou a importância da Mina da Vila Esteves que há anos fornece água de qualidade à população.  Inaugurada em 1979, a Mina da Estaboquinhas está localizada à Rua Dom Aristides, no Bairro Vila Estes e, em 2017, foi declarada Patrimônio Histórico-Cultural de Leopoldina.

Após as discussões regimentais, a indicação foi aprovada por unanimidade e recebeu assinaturas de apoio dos vereadores Valdilúcio Malaquias, Gilmar Pimentel, Rodrigo Pimentel, Eliléia Santos Corrêa, Vinícius Queijinho, Maria Inês Xavier e José do Carmo Fófano.

(Foto João Gabriel Meneghite). (Fonte: Site da Câmara Municipal de Leopoldina-MG).

PALCO DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE RIBEIRO JUNQUEIRA RECEBE NOME DE EX-VEREADOR.

O ex-vereador Darcy Ferreira de Oliveira dará nome ao palco que está sendo construído no Parque de Exposição de Ribeiro Junqueira em uma homenagem póstuma e que foi aprovada por unanimidade. 
 

O palco que está sendo construído no Parque de Exposições do Distrito de Ribeiro Junqueira terá o nome do ex-vereador Darcy Ferreira de Oliveira. Projeto neste sentido foi aprovado pela Câmara Municipal de Leopoldina, em reunião ordinária realizada no dia 16 de agosto de 2022.

A iniciativa foi do vereador José Augusto Cabral (PSD), autor do Projeto de Lei Ordinária nº 71/2022, cuja aprovação ocorreu de forma unânime.

Ao justificar sua proposição, o vereador salientou que o homenageado sempre esteve à frente dos movimentos em prol do desenvolvimento de Ribeiro Junqueira, especialmente junto à igreja local, do esporte e do concurso leiteiro do distrito, do qual foi um dos seus idealizadores e realizador.

Natural de Recreio, Darcy Ferreira de Oliveira era casado com a Sra. Dalva Pimentel de Oliveira, com quem teve seis filhos, dentre eles o atual 1º Secretário da Mesa Diretora, Gilmar Pimentel de Oliveira. Na vida pública, o homenageado exerceu o cargo de vereador no Município de Recreio e, posteriormente, em Leopoldina, na legislatura 1983-1988. (Fonte: Site da Câmara Municipal de Leopoldina-MG).

Origem imperial: conheça a história por trás do nome da cidade de Leopoldina.

Município foi nomeado em homenagem à segunda filha do Imperador D. Pedro II, a princesa Leopoldina de Bragança e Bourbon.

Princesa e Duquesa, Leopoldina era uma mulher culta e preparada para os afazeres reais — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons.

A cidade de Leopoldina teve a emancipação política em 1861, quando recebeu o nome em homenagem à princesa Leopoldina de Bragança e Bourbon, filha do Imperador D. Pedro II. O município, desde então, é um dos mais importantes do estado.

A Prefeitura da cidade inaugurou na última terça-feira (6) um monumento em homenagem à princesa na Praça Francisco Pinheiro Correia de Lacerda. A cerimônia veio na Semana da Pátria e um dia antes dos 200 anos de Independência do Brasil. 

Mas afinal como surgiu a cidade? Quais foram as motivações para a cidade carregar o nome da princesa? Quem foi a princesa Leopoldina de Bragança e Bourbon? Confira abaixo.

Origem da cidade

Leopoldina, foto de arquivo — Foto: Marlyana Tavares/TJMG

Após a transferência da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, o município de Leopoldina começa a ser formado com a doação de terras para proprietários em 1813. O aglomerado de sesmarias formou o arraial do Feijão Cru.

Em 1840 foi criado o distrito de São Sebastião do Feijão Cru, que pertencia até então a cidade de São Manuel do Pomba, chamada hoje de Rio Pomba. Em 1851 o território foi anexado ao novo município da região, Mar de Espanha. 

Foi somente em 1854 que o município foi emancipado com o nome de Vila Leopoldina, em homenagem à princesa Leopoldina Bragança e Bourbon, filha do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Dona Teresa Cristina, que na época tinha 7 anos.

Apesar de não ter uma ligação com a cidade, é importante ressaltar como era vista a família imperial brasileira naquela época, foi essa adoração que fez o município carregar o nome da princesa.

Quem foi a princesa e duquesa Leopoldina Bragança e Bourbon?

Princesa e Duquesa, Leopoldina era uma mulher culta e a consideravam preparada para os afazeres reais — Foto: Reprodução TV Globo   

Nascida em 13 de julho de 1847 no Palácio de São Cristóvão, a Princesa Leopoldina de Bragança e Bourbon carregava o nome da avó paterna, imperatriz do Brasil (1822 e 1826). Ela era filha de Dom Pedro II e Teresa Cristina e viveu entre até 1871, quando morreu aos 23 anos. 

A princesa teve desde cedo uma educação rígida, com aulas das 7h até 21h30, por 6 vezes na semana, como relatam os historiadores. Entre os educadores estava a Condessa de Barral, amante de Pedro II. Ambas as personagens foram retratadas na novela da Rede Globo, Nos Tempos do Imperador.

Com tamanho preparo, os relatos históricos dizem que a princesa concorreu ao trono diretamente com a Princesa Isabel, mais conhecida por assinar a Lei Áurea em 1888. Porém, ao contrário da irmã mais velha, Leopoldina não teve tempo para ficar marcada na história do Brasil, por morrer aos 23 anos.

Dom Pedro II em 1864, quando as filhas já estavam crescidas, pediu para que a irmã Dona Francisca encontrasse dois jovens príncipes para se casarem com Leopoldina e Isabel. Os escolhidos foram Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e Gastão de Orléans, respectivamente.

No contrato de casamento da princesa foram adicionadas cláusulas que previam a estadia do casal no Brasil, bem como ter os filhos no país, por não ser dada como certa a sucessão de Isabel ao trono.

Com o casório, Leopoldina ganhou uma quantia de 300 contos de réis, moeda da época, e um palácio próximo ao da família, no Rio de Janeiro. O local foi batizado como Palácio Leopoldina.

Mesmo sendo conhecida como princesa brasileira, ela havia renunciado aos títulos reais para se casar com o príncipe alemão Luís no mesmo ano. Leopoldina, após o casamento, foi para a Áustria, onde ganhou o novo título de "Duquesa de Saxe".

Em 1866, o casal teve o primeiro filho, Dom Pedro Augusto, quando a família então começou a residir no Brasil e na Europa, concomitantemente.

Vale ressaltar que no nascimento dos demais filhos do casal, a então duquesa retornava para o solo brasileiro quando estava para dar à luz aos novos sucessores, como aconteceu com Dom Augusto Leopoldo e Dom José Fernando, nascidos em 1867 e 1869, respectivamente.

Em 1970, quando estava para ganhar o mais novo príncipe Luís Gastão, o casal decidiu não mais retornar ao Brasil.

Dona Leopoldina, como também era conhecida, apresentou sintomas de problemas gastrointestinais. Inicialmente não se sabia o motivo, mas os primeiros sintomas da febre tifóide. Na época, Viena, capital da Áustria, passava por um surto da doença devido às condições da água.

Entre os primeiros sintomas e a quarta semana de contaminação, a duquesa sofreu com delírios e convulsões. Historiadores apontam que a princesa Isabel presenciou alguns desses momentos.

Um trecho do livro “O Príncipe Maldito: Pedro Augusto de Saxe e Coburgo: uma História de Traição e Loucura na Família Imperial” mostra uma carta de Clementina de Orléans que descreveu a agonia da nora em carta enviada à princesa de Joinville, a então tia da duquesa, Dona Francisca.

“Que a vontade de Deus seja feita, minha boa Chica, mas o golpe é duro e nós estamos infelizes. O estado de meu pobre Gusty me corta o coração, soluça cada instante, não come, nem dorme, e é uma terrível mudança. Ela o amava tanto! E eram tão perfeitamente felizes juntos! Ver tanta felicidade destruída aos 24 anos é horrível!!”

A princesa e duquesa morreu aos 23 anos na tarde de 7 de fevereiro de 1871.

*Estagiário sob supervisão de Carol Delgado.

 (Fonte: G1zonadamata)