Subiu para 133 o número de casos confirmados em Minas por coronavírus. Já o número de casos suspeitos saltou dos 11.832 contabilizados até essa terça-feira (24) para 14.227 nesta quarta-feira (25), segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Isso significa um aumento de 20% de notificações em menos de 24 horas. Até o momento, não há nenhuma morte confirmada oficialmente no Estado.
A maior parte da contaminação da doença ocorre entre pessoas de 20 a 59 anos (111) e, até o momento, nenhum idoso com mais de 80 anos foi infectado em Minas. Já entre a população de 60 a 79 anos, são 20 confirmações. A faixa etária de 1 a 19 anos não tem registro confirmado da Covid-19, no entanto, um bebê de menos de 1 ano testou positivo para a doença.
Somente em Belo Horizonte, são 90 pessoas infectadas com a doença, sendo que o aumento de três novos casos confirmados ocorreu somente na capital. Os outros municípios que têm pacientes com a Covid-19 são Betim, Bom Despacho, Campos Altos, Contagem, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Ipatinga, Juiz de Fora, Lagoa da Prata, Mariana, Nova Lima, Patrocínio, Poços de Caldas, Sete Lagoas, Timóteo, Uberaba e Uberlândia.
Porém, estes dados ainda são considerados subnotificados, uma vez que não é possível testar, em tempo viável, todos os pacientes com suspeita da doença. Atualmente, apenas pacientes internados em estado grave e profissionais da saúde, detentos e idosos com sintomas são submetidos ao exame específico para a doença.
Dentre as principais formas de controle do contágio local e comunitário da doença estão a higienização frequente das mãos e o isolamento social. Com isso, municípios e estados do país têm decretado o fechamento de comércios e restrições no transporte público para evitar a aglomeração de pessoas, especialmente em locais fechados. Muitas empresas também têm imposto o trabalho remoto aos seus funcionários e a população tem se mantido mais em casa, à medida do possível, saindo somente para o que é essencial.
O cenário de uma cidade em quarentena pode ser visualizado em Belo Horizonte, com lojas fechadas, menos pessoas nas ruas e o trânsito praticamente livre. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro, em seu pronunciamento transmitido na noite dessa terça-feira (24), criticou as medidas de prevenção ao contágio tomadas por prefeituras e governos estaduais, se referiu à pandemia, que já matou mais de 19 mil pessoas em todo o mundo, sendo 46 no Brasil, como uma "gripezinha", e considerou exageradas as medidas de isolamento social e fechamento de comércios. A fala do representante máximo do país contraria as recomendações do próprio Ministério da Saúde, de autoridades sanitárias e especialistas de todo o mundo, e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante o pronunciamento oficial do presidente da República, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, chegou a tuitar: "Vamos ficar em casa. Ficar em casa. Pelo amor de Deus. Ficar em casa".
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(Fonte: www.otempo.com.br)
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