Com o objetivo de encontrar uma solução para a crise do transporte público em Leopoldina, representantes dos Poderes Executivo e Legislativo estiveram participando de novas reuniões sobre este tema. Desta vez, os encontros ocorreram na sede da Prefeitura Municipal, nesta terça-feira, dia 03 de janeiro de 2023.
A primeira reunião ocorreu na parte da manhã, quando os funcionários da Empresa Viação Leopoldinense, concessionária do serviço de transporte público em Leopoldina, foram recebidos no gabinete pelo prefeito em exercício Totõe Pimentel. Eles confirmaram que paralisaram integralmente as atividades nesta segunda-feira, dia 02 de janeiro de 2023, em protesto pela falta de pagamento de salários e do 13º salário.
O prefeito em exercício Totõe Pimentel comandou a reunião, ao lado da Secretária de Governo, Sarah Moraes, do Procurador Geral do Município, Danilo Azevedo Silva e do Chefe de Gabinete, Kalon Moraes. O prefeito Pedro Augusto participou através de chamada de vídeo e reafirmou o compromisso do Município de buscar uma solução para este impasse, já que a população não pode ser penalizada com a ausência do transporte público.
À tarde, ocorreu nova rodada de negociações com os funcionários paralisados, mas também com a presença do proprietário da empresa Viação Leopoldinense, Waldir Teixeira. Nas duas reuniões, a Câmara Municipal esteve representada por membros da Mesa Diretora e da Comissão de Viação e Obras Públicas, Gilmar Pimentel – Vice-Presidente, Vinícius Queijinho – 2º Secretário, além dos vereadores José Augusto Cabral, Líder do Governo, Julius Cesar e Ivan Nogueira.
Durante o encontro, Waldir Teixeira reconheceu que a empresa tem uma dívida com os funcionários, que corresponde a dois meses de salário, décimo terceiro e férias. Segundo ele, desde a pandemia, o pagamento estava sendo feito com atraso.
O proprietário está reivindicando a liberação de recursos federais que foram destinados para Leopoldina em virtude do estágio de emergência provocado pela pandemia e também uma subvenção do Governo Municipal. Ele informou que está providenciando a documentação necessária para recebimento dos recursos que serão utilizados para pagamento dos funcionários.
Durante as negociações, os representantes do Poder Executivo solicitaram a contribuição da empresa no sentido de retornar com 30% dos serviços para não deixar a população de Leopoldina totalmente desassistida em virtude da paralisação integral promovida pelos funcionários.
Waldir Teixeira reconheceu o direito dos funcionários de paralisarem suas atividades e informou que não tem condições de retornar com os ônibus, já que não possui recursos nem para pagar o combustível. Mesmo diante dessa declaração, os funcionários estavam dispostos a voltar ao trabalho, mas solicitaram garantias de receber parte dos vencimentos atrasados.
Durante as reuniões, os vereadores manifestaram seu apoio aos funcionários da empresa que precisam receber seus salários o mais depressa possível, visto que vários estão passando por grandes dificuldades. Os parlamentares também foram solidários com a população leopoldinense que não pode ser penalizada pela ausência do transporte público, o que vem causando enormes transtornos àqueles que dependem do transporte inclusive para trabalhar ou para buscar algum tipo de atendimento médico.
Houve um consenso entre os vereadores de que a Viação Leopoldinense está inapta para continuar prestando o serviço no município e foram incisivos com o proprietário da empresa no sentido de que ele desistisse da concessão e entregasse o serviço para a Prefeitura que assumiria esta responsabilidade, visto que a situação ficou insustentável, sendo considerada como uma calamidade pública.
Diante da falta de acordo e a impossibilidade de a empresa retornar com o transporte público, representantes do Governo Municipal esclareceram que a Prefeitura de Leopoldina não possui nenhum débito com a Viação Leopoldinense e já emitiu diversas notificações exigindo o cumprimento do contrato. Segundo eles, já estão em estudos medidas a serem tomadas, visando uma solução para o problema.
Ao final, o Poder Legislativo colocou-se à disposição para, caso seja necessário, apreciar e votar em caráter extraordinário matérias do Poder Executivo referentes à solução desta crise, no sentido de que a população volte a ter acesso a um transporte público com segurança e qualidade. (Fonte; Site da Câmara Municipal de Leopoldina-MG).