quarta-feira, 8 de abril de 2020

NAS ALTURAS: Gás de cozinha ignora desvalorização do barril de petróleo e já custa até R$ 115.

Segundo dados da ANP, valor do derivado está subindo mais rápido que o do óleo diesel, nos meses que antecederam a greve dos caminhoneiros.


O petróleo se mantém em baixa nas principais bolsas de negociação do mundo, mas, no Brasil, um dos seus derivados, o gás liquefeito (GLP) para consumo residencial, popularmente conhecido como gás de cozinha, continua a se descolar da matéria-prima e chega a custar R$ 115 para a população, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustívies (ANP).
O preço do GLP vendido em botijões de 13 kg, atualmente, está subindo mais do que aconteceu com o óleo diesel nos meses que antecederam a greve dos caminhoneiros. Além disso, a alta do botijão acontece justamente num momento de desvalorização do petróleo. Na prática, significa que a população, principalmente a de baixa renda, está sendo mais atingida hoje do que no período da crise do diesel.
De janeiro a março deste ano, o gás de cozinha ficou, em média, 0,28% mais caro, enquanto o petróleo WTI despencou quase à metade. No mesmo período de 2018, a variação do diesel foi de 0,24%, em um período em que o petróleo caia 1,52%. Os dados são do Instituto de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que utilizou estatística da ANP para avaliar o mercado interno, e foram divulgados com exclusividade para o Estadão/ Broadcast.
"Estamos observando uma resistência à queda dos preços do botijão, apesar do preço do barril do petróleo ter despencado. Nesse cenário, o governo deveria considerar a execução de um novo programa de subvenção do GLP, a exemplo do que foi feito com o diesel durante a greve dos caminhoneiros", afirma o coordenador Técnico do Ineep, Rodrigo Leão, responsável pelo estudo comparativo entre o petróleo e seus derivados.
Em algumas regiões, o disparate de preço do gás de cozinha é maior. No município paulista de Santos, estava vendido a até R$ 93 na primeira semana de abril, um acréscimo de R$ 3 em relação ao início do mês passado. O botijão mais caro é o comercializado no Estado do Mato Grosso, a R$ 115. A ANP não informa em qual cidade isso acontece.
O Sindigás, representante das distribuidoras, diz que, em média, o preço se mantém estável. Altas expressivas são pontuais, por conta do oportunismo de alguns revendedores. 
Para Luciano Losekann, especialista em Petróleo e Gás Natural e professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), a alta do preço do gás de cozinha pago pelo consumidor final deve ser ainda maior do que a registrada pela agência reguladora, porque o comércio do produto tem a particularidade de contar com a presença de intermediários na cadeia e ser marcado pela clandestinidade em alguns municípios. No Rio de Janeiro, é conhecida a participação de grupos milicianos na venda em comunidades.
"A cadeia produtiva do GLP não é homogênea. Há agregadores que revendem ao pequeno comércio e acabam tendo um poder de mercado localizado. O consumidor que não tem botijão adicional, compra sem pesquisar e dá prioridade à rapidez de entrega. Isso dá um poder de mercado ao vendedor", disse Losekann, acrescentando que a classe mais pobre é a mais atingida por essa realidade. (Fonte: www.otempo.com.br)

30 DIAS DEPOIS: Coronavírus: Um mês após primeiro caso em MG, especialistas defendem isolamento.

Para eles, melhora no fluxo de diagnósticos é necessária para enfrentamento da pandemia.


Há exatamente um mês, no dia 8 de março, Minas Gerais confirmava seu primeiro caso de coronavírus. A paciente, uma mulher de 47 anos de Divinópolis, no Centro-Oeste, esteve na Itália e retornou ao Brasil no dia 2 daquele mês. Ela teve sintomas leves, ficou isolada em casa e, hoje, está bem e totalmente curada. Nos últimos 30 dias, o vírus se espalhou por todo o Estado, e o número de casos confirmados por Covid-19 subiu para 559. Onze pessoas, com idades entre 44 e 82 anos, morreram pela doença.
Para especialistas, as medidas de isolamento social adotadas nesse período foram cruciais para que os números de Minas não fossem tão altos quanto os registrados em outros Estados, como os vizinhos São Paulo e Rio de Janeiro, que, juntos, contabilizam 460 mortos. No entanto, outras ações ainda são importantes, como a melhora no fluxo de diagnóstico dos casos.
No último mês, uma série de medidas foi adotada pelo Estado e municípios mineiros, mudando a vida de todos. Cinco dias depois da confirmação do primeiro caso, o governo de Minas decretou situação de emergência em saúde pública. No dia 15 de março, as aulas nas escolas da rede estadual foram suspensas, inicialmente por uma semana, mas, ainda hoje, todas as escolas permanecem fechadas, inclusive as das redes municipais e privada.
No dia 17 de março, Belo Horizonte passou a registrar transmissão comunitária de coronavírus, que ocorre quando não é possível determinar de quem o paciente contraiu a doença. Três dias depois, em 20 de março, entrou em vigor na cidade um decreto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) que proibiu o funcionamento de restaurantes, bares, shoppings e uma série de outros comércios e serviços, para tentar conter o avanço do vírus. No mesmo dia, o governador Romeu Zema (Novo) decretou calamidade pública, e restrições parecidas passaram a valer para todo o Estado.
Para os especialistas, foram essas medidas de isolamento social que permitiram ao Estado ter um número de casos controlado de coronavírus. "O isolamento social está funcionando muito bem. Estamos com a curva em crescimento, mas dentro do que tínhamos planejado", afirma o médico infectologista Carlos Starling, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Pesquisador e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Unaí Tupinambás reforça a importância da iniciativa. "Soubemos utilizar o isolamento social de forma adequada e conseguimos atrasar o pico da doença para o final de abril ou início de maio, quando espero que estejamos mais preparados, inclusive reforçando a compra de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores da saúde. Esse tempo que nós estamos ganhando é crucial para podermos nos preparar", pontua.
Com 49.652 casos suspeitos e 100 óbitos em investigação em Minas Gerais, o professor reforça a necessidade de um fluxo mais eficiente no diagnóstico dos casos. O Estado tem um dos maiores números de mortes suspeitas por Covid-19 do país. "Temos que testar mais pessoas para atingir um maior número de pessoas contaminadas e, a partir daí, traçar novas estratégias para o futuro. Para manter ou não o isolamento social, temos que testar muitas pessoas para ver qual é a grandeza da pandemia", diz.
Único laboratório público em Minas Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) habilitou, na última semana, 19 laboratórios aptos a realizar o diagnóstico para identificação da Covid-19. Com a ampliação da rede, a Funed prevê que serão processadas, por dia, 1.800 amostras. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a Funed também está se organizando para ampliar a capacidade produtiva interna.
Para enfrentar o aumento de casos de coronavírus, o Estado também começou a construir, no dia 25 de março, um hospital de campanha no Expominas, em Belo Horizonte, com 768 leitos, que deve começar a atender pacientes no final de abril.
Segundo a SES-MG, o Estado tem buscado organizar os serviços de saúde pública para atendimento da demanda estadual. Em Minas Gerais, há 2.013 leitos de UTI adulto e 11.625 leitos clínicos. A taxa de ocupação, de forma geral, está em cerca de 60%. Em função da pandemia, a pasta publicou, no último sábado, um edital que estabelece, entre outros pontos, o credenciamento e contratação excepcional de 2.000 leitos de UTI por até 90 dias.
O governo de Minas já informou que estuda flexibilizar o decreto de calamidade pública e avalia a possibilidade de liberar o funcionamento de alguns comércios, mas isso não deve ocorrer até 13 de abril. Até essa data, pelo menos, o isolamento social precisa ser mantido, segundo orientação da SES-MG repassada ao Ministério Público de Minas Gerais.
Para os especialistas, com a previsão de pico de casos que ainda está por vir, manter o isolamento social é essencial. "O isolamento tem que continuar, não tem data específica para terminar. Deve haver regras para a liberação progressiva do setor produtivo, mas o que não for essencial tem que continuar fechado. Tudo o que gera concentração de pessoas nesse momento não é adequado", diz Starling. "Nós temos uma chance única de controlar o jogo", completa Tupinambás.
Veja os fatos mais importantes no último mês em relação ao coronavírus em Minas:
8/3

12/3

13/3

17/3

18/3

20/3

21/3
Todo o Estado passa a ser considerado área de transmissão comunitária do coronavírus.

25/3

30/3

2/4
Funed publica habilitação de outros 19 laboratórios aptos a realizar o diagnóstico para identificação da Covid-19 em Minas.

6/4
Alexandre Kalil assina decreto que veta a entrada de clientes em lojas da capital, mesmo as com autorização para funcionar. Regra não se aplica a supermercados, farmácias e sacolões. (Fonte: www.otempo.com.br)

AUXÍLIO: Governo anuncia calendário de pagamento dos R$ 600; saiba como receber.

Os valores estarão disponíveis até quinta-feira (9) para quem tem conta-corrente no Banco do Brasil ou conta poupança na Caixa.


Os trabalhadores informais, contribuintes autônomos e MEIs que fizerem a autodeclaração para receber o auxílio emergencial de R$ 600 devem receber a primeira parcela até 14 de abril. A segunda parcela também será paga ainda este mês, de 27 a 30 de abril, conforme a data do aniversário do beneficiário. Veja aqui o calendário completo. 
Os valores, segundo informou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, estarão disponíveis até quinta-feira (9) para quem tem conta-corrente no Banco do Brasil ou conta poupança na Caixa. Quem fizer o cadastro ainda nessa terça também poderá receber até quinta-feira, após o cruzamento das informações feito pelo Dataprev, sistema do governo, para checar se o beneficiário tem direito ao auxílio.
O restante deve receber até o dia 14. Correntistas de outros bancos, com cadastro já analisado, também vão receber depósito em conta até essa data. "Os depósitos serão feitos gratuitamente pela Caixa", disse Guimarães.
Os valores, porém, disponíveis já a partir dessa quinta-feira para parte dos beneficiários, não poderão ser sacados. A exceção são os beneficiários do Bolsa Família. Um novo calendário para quem quiser fazer saques deverá ser lançado na próxima segunda-feira (13). Isso porque, segundo Pedro Guimarães, seria "praticamente impossível que 50 milhões de brasileiros saquem os valores ao mesmo tempo". 
Quem não tem conta em banco?
A Caixa vai disponibillizar conta digital, sem custos para transações de pagamentos e DOCs, aos beneficiários que quiserem. A estimativa é que 35 milhões dos 45 milhões desbancarizados queiram fazer essa conta.
Como fazer a autodeclaração?
Para ter acesso ao benefício, é preciso fazer o cadastro no site Auxílio Emergencial, clique aqui, pelo aplicativo, Android ou iOS ou ligar no 111. Aqueles que já recebem o Bolsa Família, cerca de 43,4 milhões, ou que estão inscritos no Cadastro Único, cerca de 75 milhões, não precisam se inscrever pelo aplicativo. Clique aqui para saber se você está inscrito no Cadastro Único. 
Os beneficiários do Bolsa Família receberão os recursos no calendário já previsto do programa, sem alterações. "Não vamos alterar o recebimento, os beneficiários já estão acostumados com seus recebimentos", explicou o presidente da Caixa.
Para quem tiver aparelho smartphone, mas estiver sem crédito, a Caixa informou que será gratuito baixar o aplicativo, tal como realizar o cadastro por ele. Quem não tem condições de acesso a telefone ou a um computador para fazer o cadastro, pode ir a uma agência Caixa. Mas o presidente do banco pede que essa seja "a última alternativa". 
Posso receber depois das datas?
Sim, segundo o governo, o benefício será pago até o fim do calendário, marcado para o dia 29 de maio, num intervalo maior que 50 dias. Quem não conseguiu receber a primeira parcela, por exemplo, pode receber duas juntas no próximo pagamento e assim até o terceiro. (Fonte: www.otempo.com.br)

Há risco de auxílio de R$ 600 cair na conta e abater cheque especial negativo.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto admite que isso pode acontecer, mas disse que já avalia com governo forma de suspender desconto automático de dívidas dos correntistas.


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o governo estuda formas de evitar que o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a amenizar impactos econômicos do novo coronavírus sobre informais, não seja automaticamente usado para pagar dívidas, como cheque especial no negativo, quando cair na conta do beneficiário.
Questionado em entrevista coletiva no Palácio do Planalto nessa terça-feira (7), ele disse que o risco foi levantado em discussões com o Ministério da Economia. "Estamos estudando para que não aconteça, não tenho uma resposta definitiva, mas estamos olhando para que não aconteça".
Mais cedo, o ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania) garantiu que o auxílio não seria consumido pelo cheque especial do beneficiário, por exemplo, caso haja saldo negativo. Ele destacou que o dinheiro ficará "protegido", fruto de um acordo do governo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). (Fonte: www.otempo.com.br)

FUNDO DE GARANTIA: Governo libera saque de R$ 1.045 do FGTS por trabalhador a partir de 15 de junho.

Valor ficará disponível até 31 de dezembro.


O governo federal confirmou no "Diário Oficial da União" ("DOU") uma nova fase de liberação de recursos do FGTS. Medida Provisória (MP) publicada na noite dessa terça-feira vai permitir saques de R$ 1.045 por trabalhador. A medida faz parte das ações adotadas para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no país. Os valores poderão ser retirados a partir de 15 de junho e ficarão disponíveis até 31 de dezembro.
A Medida Provisória 946/2020, que autoriza os saques, extingue o Fundo PIS/Pasep, instituído por lei complementar em 1975, e transfere o seu patrimônio para o FGTS. De acordo com o texto, o patrimônio acumulado nas contas individuais dos participantes do Fundo PIS/Pasep ficará preservado.
A nova liberação de recursos do FGTS deve beneficiar cerca de 60 milhões de contas. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o valor autorizado representa o limite possível de ser liberado nas contas sem comprometer a sustentabilidade do FGTS.
O governo estima uma injeção de aproximadamente R$ 34 bilhões com a nova rodada de saques. Desse valor, R$ 20 bilhões virão da transferência dos recursos que estavam parados no Fundo PIS/Pasep. Outros R$ 14 bilhões já haviam sido disponibilizados por meio do chamado Saque Imediato aprovado no ano passado, mas que ainda não foram resgatados. (Fonte: www.otempo.com.br)

Em março deste ano, na comparação com o ano passado, foram registrados 13,1% menos casos no Estado; segundo delegada, dados devem ser analisados com cuidado.

O número de ocorrências ligadas à violência doméstica apresentou redução tanto em Belo Horizonte quanto em todo o Estado desde o início das medidas de isolamento social devido à pandemia de coronavírus. O dado é referente ao mês de março, na comparação com o mesmo período de 2019. Os dados foram apresentados na manhã dessa quarta-feira (8) pela Polícia Civil. 
Em Belo Horizonte, a queda de ocorrência no mês em comparação com 2019 foi de 23%; já em Minas Gerais a redução atinge os 13,1%. Enquanto em março de 2019 foram registrados 1.663 ocorrências na capital mineira, em março de 2020 foram 1.275. Já no Estado, em março de 2019 foram 13.561, e no mesmo mês de 2020 foram registrados 11.774.
Na região metropolitana de Belo Horizonte, foram registrados 3.574 casos de violência doméstica em março do ano passado. Já em março de 2020 foram 2.969, o que representa uma queda de 16,9%.
Apesar de as estatísticas serem animadoras, a delegada Isabela Franca Oliveira pontua que este é um fenômeno que ainda precisa ser estudado, já que o isolamento social pode estar interferindo para que as vítimas deixem de fazer denúncias. 
“Essa redução a gente ainda precisa analisar com mais cuidado para verificar se realmente houve uma queda no número de casos de violência doméstica ou uma subnotificação de registros. Ou seja, as mulheres estão sendo vítimas de algum tipo de violência, mas não estão acessando a segurança pública para registrar a ocorrência policial”, afirmou.
Com o receio da mulher de ir a uma delegacia para denunciar a agressão, seja por medo do agressor ou por medo de contrair a Covid-19 ao sair da residência, a Polícia Civil indica que, passado o período de isolamento social, os casos que não foram notificados no período podem vir à tona e fazer com que os dados apresentem alta logo em seguida. 
“Ainda mais esses tempos, considerando os exemplos de outros países que já viveram isso há mais tempo e apresentaram aumento de casos de violência doméstica”, explicou a delegada. 
Apesar da queda no Estado, em âmbito nacional, o número de denúncias relacionadas à violência doméstica feitas pelo Disque 180 cresceu cerca de 9%. O dado pode ser mais um indicativo para a Polícia Civil de que pode haver um aumento assim que o período de isolamento social cessar. 
Canais
Em Belo Horizonte e em todo o Estado, as delegacias de proteção à família continuam funcionando normalmente, mesmo sob a pandemia de coronavírus. As vítimas de violência doméstica podem se dirigir às delegacias ou ainda, quando possível, agendar atendimento por telefone. Em Belo Horizonte os números são: (31) 3330-5752 e 3330-5715. 
“Além disso, tem o 180, que é um canal de denúncia que qualquer pessoa pode fazer. Um vizinho escuta gritos, a mulher pedindo socorro ou ajuda. Ele pode fazer essa denúncia também e evitar a prática de crimes mais graves contra a mulher”, explicou a delegada Isabela Franca.
O número também pode ser utilizado para realizar denúncias de violência doméstica contra idosos e pessoas com deficiência. Já quando a agressão está relacionada a crianças e adolescentes, o canal de denúncia é o Disque 100. (Fonte: www.otempo.com.br)

CORONAVÍRUS: Professor da UFJF morre por Covid-19 em Juiz de Fora

José Luiz Rezende Pereira tinha 71 anos e foi vice-reitor da universidade entre 2006 e 2014.


O professor de engenharia José Luiz Rezende Pereira da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), morreu na madrugada desta quarta-feira (8) em decorrência da Covid-19. A morte foi confirmada pela universidade onde Pereira foi vice-reitor entre 2006 e 2014.
Sem citar o nome do professor, a Secretaria Municipal de Saúde confirmpu o óbito de um homem de 71 anos por Covid-19. "O paciente estava internado em um hospital da rede particular, em Juiz de Fora, e tinha como comorbidade hipertensão arterial. O caso tem histórico de viagem nacional exatamente 14 dias antes do início dos sintomas, o que impede estabelecer o vínculo epidemiológico (importado x local)", diz a nota.
Até essa segunda-feira (7), Juiz de Fora tinha 42 casos confirmados da doença e nenhum óbito. 
Pereira era pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professor titular da Universidade Federal de Juiz de Fora. Concluiu a graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1975), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978) e Ph.D. em Engenharia Elétrica - na Universidade de Manchester em 1988. (Fonte: www.otempo.com.br)

Temporal alaga várias regiões de Ubá nesta terça-feira

De acordo com a Defesa Civil choveu 128 mm em duas horas.

Pela terceira vez em 2020, Ubá sofreu, na noite desta terça-feira, 07 de abril, com o transbordamento do Ribeirão Ubá de sua calha. A cheia provocou inundação ao longo da Avenida Beira Rio, na região central, além de ruas próximas. Bairros como Waldemar de Castro e Santa Edwiges também foram afetados. 
Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, choveu cerca de 128mm em duas horas. Além da chuva intensa na área urbana, a contribuição da chuva na cabeceira do Ribeirão Ubá, na Serra da Miragaia, foi determinante para a rápida elevação do nível do rio. 
Imediatamente após a cheia do rio, equipe coordenada pelo Prefeito Edson Teixeira Filho reuniu-se na sede do Corpo de Bombeiros Militar,  juntamente com o Tenente Carlos Eduardo Guilarducci, para monitoramento da situação e elaboração das primeiras ações de resposta. Diversas pessoas ficaram ilhadas e foram resgatadas pelos militares.
Equipes de limpeza foram acionadas, com exceção de funcionários que enquadram-se no grupo de risco para a COVID-19, e iniciam os trabalhos nas primeiras horas do dia. A Prefeitura alerta a população para a importância de economizar água, já que parte do abastecimento está comprometida devido aos danos causados pela enchente na ETA Miragaia. 
Além disso, para otimizar as ações de limpeza e evitar aglomerações, a Avenida Beira Rio teve o tráfego de veículos bloqueado. A Prefeitura orienta que as pessoas não saiam de suas casas, e evitem passar pelas áreas afetadas pelas chuvas. 
Uma nova reunião do Comando de operações acontece nesta manhã de quarta-feira, 08 de abril. As informações serão repassadas a imprensa em seguida.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ubá. Fotos: Arquivo 
(Fonte: Site do Marcelo Lopes)


Informais somam 15 milhões no 1º dia de cadastro para ajuda de R$ 600.

O número é um termômetro da necessidade dos brasileiros em busca de um alívio no bolso frente ao cenário de isolamento social.


Mais de 15 milhões de trabalhadores informais se cadastraram até as 18h de terça-feira, 8, para receber o auxílio emergencial de R$ 600 que será pago por três meses aos atingidos pela crise do novo coronavírus. O número é um termômetro da corrida dos brasileiros em busca de um alívio no bolso num momento em que a necessidade do isolamento social, recomendada por autoridades de saúde, tem feito minguar a renda desses cidadãos.
A enxurrada de cadastros veio no primeiro dia de funcionamento do site e do aplicativo para o cadastro dos informais que hoje estão completamente fora do radar do governo. Eles não têm registro de microempreendedor individual, nem contribuem de forma autônoma ao INSS. O governo estima que de 15 milhões a 20 milhões de trabalhadores estão nessa situação e serão atendidos por esses canais.

Os cadastrados no site ou no aplicativo só devem começar a receber a partir de 14 de abril, segundo calendário divulgado pela Caixa. É possível indicar conta em qualquer banco, mas quem ainda não tem relacionamento bancário receberá o dinheiro numa poupança digital da Caixa e só poderá fazer transações eletrônicas, como transferências e pagamento de contas. Inicialmente, não será possível sacar o dinheiro das poupanças digitais. Um calendário para permitir o resgate em espécie dos valores ainda está sendo elaborado pelo governo.

"As pessoas vão receber o dinheiro na conta e vão poder fazer movimentação. Mas saque terá cronograma. Se num dia só liberarmos 50 milhões para sacar dinheiro ao mesmo tempo, teremos colapso no sistema financeiro", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. "Estamos estudando um escalonamento para recebimento em espécie."

Até lá, os próprios dirigentes da Caixa avisam que os contemplados poderão fazer transferências gratuitas para contas de familiares ou pessoas próximas - para quem não há impedimento de saque.

Antes de esse grupo de "invisíveis" começar a receber, o governo iniciará os pagamentos aos brasileiros inseridos no Cadastro Único de programas sociais. São cidadãos de baixa renda já registrados na base de dados e que podem ser elegíveis ao benefício. A Dataprev já começou a rodar os cadastros para verificar quem dentro do CadÚnico precisa receber o auxílio, e a concessão será feita de forma automática. Nesse grupo, quem tiver conta na Caixa ou no Banco do Brasil receberá rapidamente. Nos demais casos, haverá a criação da poupança digital, com a mesma limitação inicial para saques em espécie. O governo divulgou um calendário de pagamentos.

Logística

O economista Marcelo Neri, do Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), vê com preocupação a logística da operação montada pelo governo. Com base em dados do IBGE, ele estima que aproximadamente 5 milhões de trabalhadores por conta própria e outros 5 milhões de trabalhadores sem carteira assinada serão elegíveis ao auxílio, de acordo com os critérios do programa (renda por pessoa de até R$ 522,50, ou renda familiar total até R$ 3.135). Isso sem contar desempregados e pessoas que, mesmo sem direito, vão engrossar a fila de pedidos. "Serão mais de 15 milhões, é uma operação complexa. E o governo já não está conseguindo operar outros cadastros, tem fila no INSS", diz.

Segundo Neri, outro desafio é a educação financeira. Por um lado, muitas famílias mais humildes podem não estar habituadas aos canais digitais de pagamento e transações financeiras - que serão necessários diante da impossibilidade de sacar os recursos num primeiro momento. Em outra frente, será preciso educar a população sobre a necessidade de planejamento financeiro, avalia o economista. "São três meses de benefício, mas a duração da crise é incerta. O risco é as pessoas se adaptarem aos R$ 600 mensais e, quando voltarem ao valor anterior, sofrerem", afirma o economista da FGV.

O sociólogo Luis Henrique Paiva, ex-secretário Nacional de Renda de Cidadania e hoje pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), avalia como positivo o uso de plataformas digitais para o cadastro e pagamento do auxílio.

Caminhoneiros

Base de apoio eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, os caminhoneiros pressionam o Palácio do Planalto por um auxílio mensal de R$ 2 mil durante a pandemia da covid-19. O valor é mais que o triplo dos R$ 600 anunciados pelo governo como renda emergencial para os trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais. Os caminhoneiros também podem se cadastrar nesse benefício. / COLABOROU FELIPE FRAZÃO (Fonte www.em.com.br)

Coronavírus: Zema anuncia bolsa merenda de R$ 50 para crianças carentes.

Dados do Governo de Minas indicam que 350 mil crianças vivem em extrema pobreza. Famílias têm renda inferior a R$ 89 por mês.


O governador Romeu Zema (Novo) anunciou na tarde desta terça-feira a criação da bolsa merenda para crianças de famílias que vivem em situação de extrema pobreza – que têm renda de até R$ 89 por mês

 
"Com a crise do novo coronavírus, milhões de crianças deixaram de frequentar as escolas, e para boa parte dessas crianças as escolas eram um dos principais locais de alimentação", disse o governador.

Com as escolas fechadas, cerca de 380 mil crianças de famílias que vivem na extrema pobreza com renda inferior a R$ 89 por mês não terão como se alimentar adequadamente.

"Essas crianças, a partir de agora, vão receber a bolsa merenda. Trata-se de cartão para cada criança. Ela terá o direito a R$ 50 mensais para poder compensar a perda da merenda que fazia na escola", acrescentou o governador. Ele afima que esse valor vai minimizar os sofrimentos dessas famílias "que são as mais impactadas por uma crise como esta."

Para viabilizar o projeto, foi disponibilizado parte do orçamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). "Foi necessário o remanejamento do orçamento do MPMG", explicou o procurador-geral, Antônio Sérgio Tonet.

O MPMG vai direcionar cerca de R$ 31 milhões para arcar com a criação do bolsa merenda, que deve se estender por quatro meses. 

A secretária de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, explicou que, dos R$ 50, o estado vai arcar com R$ 30 e o MP, com R$20. Ela faz um apelo para que empresas privadas ajudem o estado a ampliar o número de crianças que serão atendidas. "Essas que têm a renda um pouco superior, mas continuam na linha de extrema pobreza", aponta. (www.em.com.br)

Zema diz que não há data para pagar servidores: 'Peço desculpas'

Apenas profissionais da saúde e da segurança têm previsão do governo sobre quitação de salários. Alegação é queda na receita.


O governo de Minas Gerais ainda não tem uma data definida para o pagamento de salários de parte dos servidores públicos. Em entrevista ao Estado de Minas na tarde desta terça-feira (7), o governador Romeu Zema (Novo) pediu desculpas e disse que, por ora, não há como prever quando os recursos estarão à disposição.
“Peço desculpas. Eu não consigo tornar previsível o que não tenho como dar previsibilidade. Não é por uma decisão deliberada que estamos deixando de pagar. É porque, infelizmente, o recurso não existe. Temos de pagar na hora que o recurso entra no cofre. Não adianta, nem se eu quisesse, emitir um cheque e mandar para todo mundo se o cheque estiver sem fundo. Peço essa compreensão”, disse.

Nessa segunda-feira (6), o governo informou que servidores das áreas da saúde e da segurança – serviços considerados essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus – receberão os salários nesta quinta (9). A previsão de pagamento dos demais, segundo Zema, será divulgada “assim que for possível”.


Crise econômica


Zema atribui a incerteza sobre a data do pagamento ao momento econômico de Minas Gerais, que, assim como o restante do mundo, sofre em função dos reflexos da pandemia da COVID-19. De acordo com o governador, a arrecadação do estado caiu. Os gastos, especialmente os direcionados ao combate ao coronavírus, aumentaram. Por isso, ainda não haveria dinheiro em caixa para pagar salários.
“O estado, num mês normal, quero deixar muito claro para o servidor que está nos assistindo, tinha sempre uma arrecadação que se repetia de janeiro a dezembro. Havia uma repetição. Nos últimos 15, 20 dias, nós assistimos a uma situação totalmente excepcional e imprevisível. A média diária de arrecadação caiu drasticamente. Com isso, passamos a não ter condição de prever. É alguém que vendia todo dia 100 picolés e agora tem dia que vende cinco, 20, 15. Como essa pessoa vai fazer uma previsão se a estabilidade ficou totalmente afetada?”, questionou.

Nióbio

Em seguida, Zema voltou a falar sobre a venda dos créditos do nióbio pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) como solução para pagar o salário o 13º de 2019 de parte dos servidores. “Tenho esperança. Estou empenhado pessoalmente, porque esse recurso é que vai proporcionar o pagamento que ainda falta do 13º, pois 15%, uma minoria, ainda não recebeu, e o salário que está atrasado”, disse.

Apesar de se dizer esperançoso, Zema admitiu que o momento econômico mundial dificulta as negociações. “Não está descartada, mas quem acompanha qualquer tipo de noticiário hoje sabe que o mercado financeiro está praticamente todo paralisado. Não ocorre nenhuma operação. Nós tivemos a infelicidade de a operação ter sido lançada exatamente neste momento em que o mercado ficou parado. Já estamos conversando em Brasília com bancos oficiais para que eles assumam essa operação. Já que o mercado está parado, e é uma operação que dá resultado a quem fizer, comprar os títulos e papéis, por que não um banco oficial fazer isso?”, concluiu. (Fonte: www.em.com.br)