quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Médico é denunciado pelo MPMG por esquema de cobrança de cesarianas a pacientes do SUS em hospital de Ubá.

De acordo com a investigação, 128 vítimas já foram identificadas. O G1 entrou em contato com o Hospital Santa Isabel.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu três denúncias à Justiça nesta terça-feira (10) contra um médico que atua no Hospital Santa Isabel em Ubá. Segundo as denúncias, ele é acusado de corrupção passiva e concussão, que é pedir vantagem indevida em razão da função que ocupa.O G1 solicitou o nome do médico MPMG, mas até a última atualização desta reportagem, a identidade dele não foi informada.

Nos três processos que constam no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), apenas as iniciais do profissional estão mencionadas. Também no TJMG, não há registros de advogados de defesa do médico. Segundo o Ministério Público, embora a realização de cesarianas seja gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o médico é acusado de realizar cobranças ilícitas para realização do procedimento em gestantes usuárias da rede pública. De acordo com o processo ele é acusado de montar um esquema criminoso que garantia, a quem pagasse, acesso privilegiado aos serviços médicos de urgência e emergência no hospital.Esses usuários e outros, conveniados a planos de saúde, não eram submetidos a qualquer classificação de risco clínico ou tempo de espera, diferentemente dos pacientes dos SUS, que só eram atendidos após grande tempo de espera.De acordo com uma das denúncias, o médico ficava de plantão quase todos os dias e noites no hospital, administrando o esquema ilegal de cobrança dos pacientes do SUS. Até o momento, foram identificadas 128 vítimas das cobranças ilícitas do médico.A reportagem também entrou em contato com o Hospital Santa Isabel, que é uma entidade filantrópica conveniada ao SUS.
Ao G1, a administração da instituição informou que desconhecia as denúncias e que o escritório de advocacia que representa a unidade entraria em contato para se pronunciar sobre o caso. Entretanto, o local informou que não vai se pronunciar sobre o assunto, pois o hospital não tem envolvimento no caso. (Fonte: Site G1 Zona da Mata)

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