A confirmação da primeira morte por Covid-19 em
Minas Gerais não levará o governo do Estado a adiar o estudo anunciado na
semana passada pelo governador Romeu Zema para avaliar a possibilidade de que
alguns setores da economia voltem a operar. “A confirmação de uma morte não
muda o nível em que estamos, o três – nível três em saúde pública, quando já há
casos confirmados da doença e o país decreta estado de emergência -, nem o
que estamos pensando”, afirmou nesta segunda-feira (30) o secretário de Estado
da Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
“Todas
as medidas adotadas hoje já foram pensadas há dias atrás. Cabe-nos sobremaneira
pensar no futuro, temos que pensar no estudo de atividade econômica, para
vermos o que faremos. Estudos fazem parte de gestão de crise. Estamos
estudando, isso não quer dizer que vamos mudar nossa conduta de hoje para
amanhã. Estudo é diferente de implementação, estamos na fase de estudo, de
olhar para a frente e tentar medir cenários futuros”, ponderou o secretário.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa de forma
virtual, Amaral afirmou, no entanto, que o fato de a sociedade mineira ter
acatado a recomendação de isolamento social feita pelo Estado e por vários
municípios reflete no que ele definiu como “não estarmos notando aumento
significativo de casos no Estado”. De acordo com boletim divulgado nesta
segunda-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Minas Gerais tem 29.724
casos suspeitos de Covid-19, 261 confirmados, 23 óbitos em investigação e um
óbito confirmado, de uma idosa, notificado em hospital de Nova Lima, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
A
respeito das mortes ainda em investigação no Estado, o secretário de Saúde
disse que a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que faz os exames encaminhados pela
rede pública, registra uma sobrecarga nesse tipo de trabalho, o que deve ser
equacionado a partir da semana que vem.
Na
avaliação do secretário Carlos Eduardo Amaral, Minas tem menos confirmações do que estados
como São Paulo e Rio de Janeiro, além do fato de o isolamento
estar sendo respeitado por grande parte dos mineiros, pelas suas
características populacionais e dimensão territorial,
que registram população mais espalhada pelo território estadual e, ainda, por o Estado ter menos ligação com o exterior do que Rio e São Paulo.
(Fonte: www.hojeemdia.com.br)
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