Promotor de Justiça articula com a sociedade a realização da obra.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus voltou a atenção de toda a sociedade para o Hospital de Cataguases. Neste momento ele é o único lugar capaz de atender as vítimas da Covid-19. Porém, vem sofrendo ao longo dos anos com a falta de recursos e de investimentos e já foi vítima, inclusive, de políticos que prometeram transformá-lo em referência na região, mas nunca lhe enviaram um centavo. Do descaso ao centro das atenções, a gravidade da situação parece ter finalmente mostrado o porquê merece investimentos vultosos e permanentes.
Neste sentido, o Ministério Público de Minas Gerais, através dos Promotores de Justiça de Cataguases, representando os cidadãos cataguasenses e na defesa do direito à saúde, defesa do consumidor e defesa do Meio Ambiente de toda a população, resolveu tomar a iniciativa de agregar os órgãos públicos e privados do Município em busca de um interesse comum: Colocar o Hospital de Cataguases em condições de atender as necessidades de saúde da população e equipá-lo de forma que possa salvar o maior número de pessoas. Principalmente neste inédito momento por que passa o país, assolado pelo novo coronavírus.
Recentemente, o promotor de Justiça, Gustavo Garcia Araújo, visitou aquele Hospital e verificou que o sexto andar do prédio, com quase 800 metros quadrados de área, está inacabado e, portanto, inoperante. Isto, revelou, o motivou a agir em busca da concretização de reforma daquele espaço, que é um sonho antigo da direção do hospital que nunca saiu do papel, apesar de promessas políticas. O Provedor apresentou-lhe então, um projeto técnico para construir naquele referido andar a nova UTI, que terá 20 leitos e completa infraestrutura. Atualmente ela ocupa parte do terceiro andar e disponibiliza apenas dez leitos.
A partir daí, Gustavo Araújo vem conversando com todos os setores da sociedade no sentido de viabilizar a obra com êxito. Conforme revelou, duas empresas já se comprometeram a ajudar. “Uma delas, a Casa Mattos, se comprometeu em vender a preço de custo, o maior número de itens possível, além de doar o frete e ainda vai ajudar em outras situações específicas. Outra que também sinalizou positivamente, foi a Bauminas com quem ainda vamos tratar o assunto mais detalhadamente e já agendamos conversas com outras empresas para os próximos dias”, concluindo que está conversando também com lideranças religiosas para ajudarem neste momento.
Câmara e Prefeitura repassam R$ 200 mil
Nesta manhã de quarta-feira, 1º de abril, o Hospital de Cataguases recebeu o prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida, o presidente da Câmara Municipal de Cataguases, vereador Ricardo Dias e demais vereadores, além do próprio promotor de justiça, Gustavo Araújo. Os chefes dos poderes Executivo e Legislativo foram formalizar a doação de R$ 200 mil para o Hospital oriundos de sobras de caixa da Câmara Municipal. Por força de lei o recurso precisa ser devolvido ao Executivo que aceitou repassá-lo imediatamente àquela Santa Casa. O Ministério Público, através de Gustavo Araújo, também anunciou o repasse de aproximadamente R$ 120 mil para o Hospital, oriundo de multas.
Estes primeiros recursos já são suficientes para dar início às obras do sexto andar, admitiu o provedor, José Roberto Furtado, durante o encontro. Ele, inclusive, revelou que está entrando em contato com empreiteiras para fazer o serviço e tomando as primeiras medidas neste sentido. Aquele provedor também informou que após a conclusão da obra, que pretende seja realizada num curto espaço de tempo, o setor será equipado pelo governo de Minas que, conforme divulgou, vai doar todos os aparelhos necessários ao funcionamento da UTI. Por fim Gustavo acrescentou que “o Ministério Publico, através da Promotoria de Defesa da Saúde, abrirá um procedimento administrativo a fim de fiscalizar e acompanhar os gastos. O objetivo é ter a maior transparência possível, para manter a credibilidade junto à população.
Doações
Doações para esta obra podem ser feitas diretamente para a conta do Sicoob, banco 756, agência 5631, conta corrente 5904-8, que o Hospital abriu exclusivamente para este fim e que será auditada pelo Ministério Público. Gustavo Araújo destacou durante o encontro que este momento “trata-se de uma situação totalmente apolítica, porque o legado que vai ficar não é o do político tal, mas sim um legado de todos, visto que todos deram as mãos para construir esta obra permanente, que vai ficar para as próximas gerações”, finalizou o promotor. (Fonte: Site do Marcelo Lopes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário